Imagem do buraco negro

Estudo reforça ideia de que vivemos num universo dentro de um buraco negro 5c1p53

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Cientistas estão questionando a teoria do Big Bang e pensando na possibilidade de vivermos em um multiverso onde os buracos negros são como portais; entenda

Dados do telescópio James Webb sobre a rotação de galáxias reforçaram uma teoria que leva o nome de cosmologia do buraco negro. Cientistas da NASA estão teorizando que nossa galáxia faz parte de um universo dentro de um buraco negro e que, sendo assim, possa haver um grande multiverso. Entenda agora mesmo. 4y312v

A hipótese do universo em um buraco negro 491hw

Teoria de que possivelmente vivemos em universo dentro de um buraco negro ganhou forças após nova descoberta (Foto: Reprodução/Shutterstock)

A hipótese de que nosso universo possa estar dentro de um buraco negro é uma das ideias mais intrigantes da cosmologia moderna. Essa teoria, também chamada de cosmologia Schwarzschild, sugere que o que percebemos como o universo pode, na verdade, ser apenas uma pequena parte de uma estrutura muito maior.

Para entender esse conceito, é útil imaginar um buraco negro como um ralo cósmico. Tudo o que ultraa seu horizonte de eventos é sugado para dentro e não pode escapar. A ideia central dessa hipótese é que, dentro da singularidade de um buraco negro, pode haver espaço-tempo suficiente para formar um universo completo — neste caso, o nosso.

Imagem conceitual de um Buraco de Minhoca. Fonte: Revista Galileu – Globo

Os buracos negros se formam quando estrelas massivas colapsam sob sua própria gravidade, criando regiões de densidade infinita. Segundo essa hipótese, esse colapso não apenas gera uma singularidade, mas também dá origem a um novo universo no interior do buraco negro. Isso significaria que o nosso próprio universo poderia ter se originado de um buraco negro em um universo maior e desconhecido.

Podemos ilustrar essa ideia usando as bonecas russas (matrioscas), onde uma boneca contém outra em seu interior. Analogamente, nosso universo poderia estar em um buraco negro, e, dentro do nosso próprio universo, os buracos negros poderiam conter outros universos em um ciclo contínuo de realidades interligadas.

O que o James Webb descobriu? 4x5ib

Telescópio analisou rotação de 263 galáxias (Foto: Divulgação/NASA)

Lançado em 2022, o telescópio James Webb analisou a rotação de 263 galáxias para descobrir se todas elas tinham o mesmo sentido de rotação (horário ou anti-horário). Os cientistas da NASA, então, tiveram uma descoberta interessante: na verdade, dois terços das galáxias analisadas giram em sentido horário, enquanto o outro terço gira em sentido anti-horário. A maior teoria é que o o universo fosse verdadeiramente isotrópico, ou seja, idêntico em todas as direções.

A análise faz parte do projeto JADES (James Webb Space Telescope Advanced Deep Extragalactic Survey). Segundo o cientista Lior Shamir, da Universidade Estadual do Kansas, os resultados são tão aparentes que mesmo uma pessoa com menos conhecimento teria entendido este movimento das galáxias.

Lior Shamir. (Foto: Divulgação)

É interessante notar que isso dá abertura para duas possíveis teorias sobre a criação do universo em que vivemos, além de também sugerir uma possível existência de um multiverso. O que nos leva ao próximo tópico.

Implicações para a ciência e a filosofia d771

Representação gráfica sobre o universo estar dentro de um buraco negro
Novas teorias sobre a criação do universo foram criadas (Foto: Divulgação/NASA)

Uma das ideias centrais da cosmologia dos buracos negros é que seu horizonte de eventos funciona como uma barreira, além da qual nada pode escapar. Isso levou alguns cientistas a sugerirem que um buraco negro pode ser um portal para outra realidade ou um universo em formação. Essa hipótese está relacionada à teoria dos multiversos, que propõe que nosso universo pode ser apenas um entre muitos.

Além disso, buracos negros são essenciais para entender a evolução cósmica. No centro da maioria das galáxias, incluindo a Via Láctea, existe um buraco negro supermassivo que pode ter desempenhado um papel crucial na formação e organização das estrelas e planetas ao seu redor.

A física dos buracos negros também está intimamente ligada à teoria da relatividade geral de Einstein e à mecânica quântica. A fusão dessas duas áreas pode levar a novas descobertas sobre a gravidade quântica e a própria estrutura do universo. O estudo da radiação de Hawking, por exemplo, sugere que buracos negros não são completamente “negros” e podem, com o tempo, evaporar.

Tal descoberta sobre o movimento das galáxias também indica que as teorias sobre o universo podem estar incompletas e que mais deve ser descoberto antes de chegarmos a um veredito.

Outra possível explicação para a expansão do nosso universo dentro desse contexto é o Efeito Doppler. Esse efeito, bastante conhecido na física, explica como o som ou a luz mudam de frequência conforme a fonte se aproxima ou se afasta de um observador.

Efeito Dopler ajuda a saber sobre possível origem de nosso universo (Foto: Reprodução/NASA)

Um exemplo clássico é o som de uma ambulância: quando ela se aproxima, o som é mais agudo, e quando se afasta, o som fica mais grave. Esse mesmo efeito pode ser observado na luz das galáxias distantes. O chamado “desvio para o vermelho” (redshift) indica que as galáxias estão se afastando de nós, sugerindo que o universo está em expansão. Se aplicarmos esse conceito à hipótese do universo em um buraco negro, podemos imaginar que a singularidade onde nosso universo nasceu estava em intensa compressão e, após o colapso, começou a se expandir, criando a estrutura que observamos hoje.

Conclusão 705e6i

Cientistas analisam possível multiverso (Foto: Reprodução/NASA)

Independentemente dessa teoria se confirmar ou não, seu impacto na ciência é inegável. Ela nos força a questionar o que sabemos sobre a origem e o destino do universo, além de abrir caminho para novas pesquisas sobre a relação entre buracos negros e a estrutura do espaço-tempo.

A ciência ainda tem um longo caminho a percorrer para desvendar os mistérios do cosmos, mas cada descoberta nos aproxima de respostas mais concretas. Se o universo realmente estiver em um buraco negro, essa compreensão poderia redefinir nosso lugar no cosmos e revolucionar a física como a conhecemos.

Por enquanto, essa hipótese permanece como uma possibilidade fascinante, lembrando-nos de que, mesmo com toda a tecnologia e conhecimento acumulado que temos ao longo dos séculos, o universo ainda guarda segredos que desafiam a nossa imaginação e curiosidade.

Seria fascinante se o nosso universo tivesse um eixo preferencial. Tal eixo poderia ser naturalmente explicado pela teoria de que nosso universo nasceu do outro lado do horizonte de eventos de um buraco negro existente em algum universo pai.

Físico teórico polonês Nikodem Poplawski, da Universidade de New Haven.

A maior pergunta em aberto é se um dia poderíamos sair do universo onde vivemos e descobrir outras galáxias. O que você acha? Diga pra gente nos comentários!

Veja também

Com informações: Space l Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, Volume 538 l The Independent UK l Times of India l Hype Science.

Revisão feita por Jaime Ninice em 18/03/2025.

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